A sociedade de consumo inevitavelmente é caracterizada por uma diversidade de produtos e serviços. Os últimos anos fizeram da humanidade inventores e aprendizes das novas tecnologias. Deixamos os tempos do pombo-correio e passamos ao e-mail, ao passo em que a comunicação, como nunca, tomou a frente dos nossos dias. Novos instrumentos foram criados no intuito de facilitar a troca de informações entre as pessoas.
Em um exercício bem simples: imagine como mudaram os aparelhos celulares nos últimos 5 anos. Disso, os celulares passaram a ser muito mais do que aparelhos que recebem e realizam ligações. Agregaram a função de máquina fotográfica, televisão, acesso à internet, espaço inimaginável de interação.
Atrelado à expansão do mercado, infelizmente, a telefonia trouxe inúmeras insatisfações aos consumidores na proporção em que a oferta não atende a demanda. Em números, deixamos a casa inicial dos 4,7 milhões de aparelhos celulares. O Brasil já é um dos países de maior consumo de telefonia no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos.
As reclamações existem e os consumidores, cada vez mais vulneráveis, questionam suas insatisfações com atendentes (0800) treinados a repassar o problema adiante e tardar a solução. Registre-se: a telefonia entrou em colapso. É acentuado o descompasso entre a promessa e o milagre.
Solução? É a vez da telefonia! A Anatel tem se desencontrado do dever de fiscalizar os serviços de telefonia. Muito mais do que regular o setor, as agências devem fiscalizar e promover a harmonização das relações de consumo, a correlação entre direitos e deveres.
Alô consumidor! Resta-nos acompanhar as medidas e fiscalizar a implementação das propostas de expansão e qualidade a serem promovidas pelas empresas de telefonia. Minha esperança está em fazer deste tempo e espaço o diálogo necessário e eficaz em prol da qualidade dos serviços de telefonia. Meu desejo é que outras frentes venham à pauta, urgente também é a discussão dos planos de saúde.